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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

a estúpida da mulher do seguro




aconteceu uma tragédia na nossa sala. primeiro, o chão começou por abanar numa zona por baixo do sofá. depois parou. na semana a seguir, e quase de um dia para o outro, criou-se uma espécie de bossa no meio da sala de estar. começámos a preocupar-nos quando a própria i. começou a tropeçar e a cambalear ao passar por aquele sítio. decidimos então que tínhamos de chamar cá a casa alguém que percebesse do assunto, e foi aí que nos lembrámos do m., o marido da j., a famosa autora do "feito em casa".
o m. decidiu levantar um dos rectângulos da tijoleira e lá estava o problema: o cimento que está por baixo, provavelmente por causa de uma infiltração ocorrida já há algum tempo, apodreceu e começou a esfarelar-se e, em resultado disso, há zonas do pavimento que estão ocas por baixo. ou seja: vamos ter de substituir o chão todo da sala o que, apesar de ser dispendioso e representar uma grande dor de cabeça, tem como positivo o facto de finalmente podermos trocar a tijoleira laranja por algo mais aconchegante.

adiante, para resolver o problema decidi ligar hoje para a companhia de seguros, para ver se mandam cá um perito para avaliar os danos. afinal, é por situações destas que os bancos nos obrigam, quando fazemos créditos para habitação, a subscrever seguros caríssimos.

o surreal da questão foi a chamada para a companhia de seguros. primeiro, não conseguiam descobrir o nº da nossa apólice e só quando me passaram à 3 operadora é que chegámos ao precioso número. depois, chegados à trabalhadora

mais eficiente da história das seguradoras portuguesas, fomos confrontados com a conversa que a seguir tento reproduzir:

- boa tarde. está a falar com......(não me lembro do nome da parva). estou a falar com?

- p. o. -digo eu.

- muito boa tarde dona p. o., em que posso ser útil?

- eu queria reportar um sinistro em minha casa, mas não sei o número da apólice de seguro. será que me pode ajudar?

- claro, pode dar-me o seu NIF?

- sim, é o ........

- nesse número não há nenhuma apólice d. p.o

- é natural - respondo eu, deve estar em nome do meu marido. quer o NIF dele?
e é aqui que começa!!!!

- lamento mas eu só posso pesquisar a apólice se for o seu marido a dar-me o NIF?

- ?!?!?!?!? atónita com a resposta chamei o d.
o d. vai ao telefone e diz:

- boa tarde. o meu NIF é o ......

ela interrompe e pergunta:

- estou a falar com?

o d. responde

- muito boa tarde sr. d. r., em que posso ser útil?

o d. responde e dá o seu NIF.

e ela responde:

- muito bem. qual é o motivo da sua chamada?

qual é motivo da chamada???! Então eu tinha acabado de lhe explicar o motivo da chamada há 2 minutos atrás e ela pergunta isto ao d.?

a resposta do d. foi uma das minhas partes favoritas da conversa:
- o motivo da minha chamada? não sei, vai ter de falar com a minha mulher, eu vou passar-lhe o telefone.

é claro que a partir daqui ela falou comigo com um tom de amuo e eu continuo à espera que me liguem para marcar a vistoria.

aguardaremos serenamente os próximos desenvolvimentos....

3 comentários:

Ana azeiteiro disse...

Surreal...
Espera-vos uma GRANDE aventura...
Prenda de Natal?!?! Um cháo para a sala!!!

Joanight disse...

ah ah ah
amuar é sempre uma atitude mto profissional :D

alfacinha disse...

esperança é um dom prático
boas festas